investigação

Mãe de menina que morreu após ter sido estuprada relata sofrer ameaças

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Mesmo com a conclusão do inquérito policial, na semana passada, que apontou que a menina de 5 anos que morreu após ter sido estrupada por um familiar, em Santa Maria, apontar que a mãe e o padrasto da criança não agiram com omissão no caso, a mãe da vítima tem passado por momentos de medo e tensão. Desde o dia do crime, ocorrido em 7 de setembro, dentro da casa onde a família reside, a mulher tem recebido ligações e mensagens anônimas nas redes sociais com ameaças e acusações. 

De acordo com o advogado da família, Claudemir Migliorini, a mulher esteve no escritório, na manhã de quinta-feira, para relatar as ameaças. Ela contou que algumas pessoas alegam que ela não tem inocência e que teria sido falha como mãe. 

- Ela está muito abalada e contou que sonha, todos os dias, com a filha, de quem sente muita falta. É uma situação bastante delicada, porque as pessoas a acusam de omissão e dizem que ela vai pagar pelo que fez - explica Migliorini.

O caso foi registrado na Polícia Civil e deve ser investigado. Além disso, o advogado encaminhou um pedido à Justiça, solicitando a exclusão de uma postagem no Facebook onde a foto da menina aparece ao lado da foto do suspeito, que está preso na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm) desde o dia do crime, após ter confessado a autoria do estupro. Para Migliorini, a publicação expõe a família e traz ainda mais sofrimento.

O processo, que já foi remetido ao Ministério Público e aguarda a decisão de denúncia ou arquivamento, também deve passar por alterações. 

- Nós estamos analisando a possibilidade de inclusão do meu nome como assistente de acusação, mas ainda aguardamos o prazo para avaliação do juiz - comenta o advogado. 

O CASO
A criança, uma menina de 5 anos, morreu após ter sido encaminhada para atendimento médico no Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), na madrugada do dia 7 de setembro. Inicialmente, a mãe e o padrasto acreditaram que a menina estava com as vias respiratórias bloqueadas, já que sofria de paralisia cerebral. No entanto, após não conseguir reanimar a criança, a equipe médica do Husm constatou que ela possuía ferimentos em decorrência de violência sexual.

As cerca de 12 pessoas que residiam na mesma casa foram ouvidas pela Polícia Civil até que um jovem, de 18 anos, filho do padrasto da menina, confessou tê-la estuprado. Ele negou o homicídio. 

O laudo pericial constatou que a morte ocorreu por asfixia, e o jovem foi indiciado pelo crime de estupro.

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